terça-feira, 24 de abril de 2012

Start spreading the news...

E pronto: as malas estão (quase) feitas. Agora vou ver se tomo um banho e se me enfio na cama. Chega assim ao fim esta fase tão gira de qualquer viagem: a dos preparativos.

Foram dias e noites a ler guias, páginas web e a conversar com amigos e colegas para pedir dicas e partilhar histórias. Ao fim de tantas lides posso dizer-vos de que tenho um roteiro bem ambicioso previsto, que seguramente não será cumprido à risca: mas essa é a piada das viagens, não é?

Para além disso, diz que temos um Nova-Iorquino à espera para nos guiar pela Nova-Iorque dos que lá vivem... se isto promete, meus senhores.

Enfim, tenho andado com o coração cheio de sonhos e com uma euforia como não tinha desde os preparativos para a Índia. Há viagens assim, que começam muito antes do avião levantar vôo.




PS: curiosamente lembrei-me que faz hoje um ano regressava de Marrocos, com a M, e não deixei de sorrir com a coincidência... parece que de há dois anos para cá a Primavera começa sempre com uma viagem oferecida por alguém especial. A Vida tem-me sorrido. E eu - olhem - lá lhe sorrio de volta :)

sábado, 21 de abril de 2012

The moment you knew you fucked up

Ele - Vais adorar Nova Iorque, pá.

Eu - Acredito que sim... e está quase!!!

Ele - Tenho aqui umas fotos no telemóvel que tirei quando lá estive. Olha-me para isto e aguça esse apetite.

(Saca do telemóvel e começa a mostrar as ditas)

Eu - Fogo: quem é a gaja dos olhos esbugalhados?

Ele - A minha mulher...

Eu - ...

Ele - Deixa: é com esta cara que elas ficam quando chegam a Nova Iorque.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

All the single ladies

Facto #1

Na semana passada a Pepper mandou-me o seguinte e-mail:

"Hoje vi esta imagem e não sei porquê lembrei-me de ti, lol"



Facto #2

Conversa de pequeno-almoço:

Eu - Eu não percebo: tantas amizades giras que tu tens e vê lá se apresentas uma aqui ao amigo.

Ele - Nem pensar... Seria um desperdício: pões defeitos em toda a gente... és demasiado exigente.


Conclusão #1
Metafísica:
Possivelmente o Universo quer dizer-me que ando a ser demasiado exigente.


Conclusão #2
Psicológica:
Devo encarar esta exigência como uma barreira emocional que o meu subconsciente criou com vista à protecção de eventuais desgostos. Impõe-se uma postura mais matura, que me permita empenhar-me em conhecer as pessoas aprofundadamente e assumir que não são todas iguais.

Conlusão #3
Realista:
Mas alguém acredita mesmo que não se topa à primeira se alguém cabe ou não na categoria pessoa-para-lá-de-fantástica?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"Treuze"

Há 13 dias que não vinha aqui! É que, a bem dizer, eu gosto mais de viver do que escrever (e também não tenho perfil daquele tipo de gajo que escreve e disserta e sabe tudo sobre tudo mas depois não sai à rua, não se apaixona, não nada...). No entanto estou 13 dias atrasado (número auspicioso, hein?)... Por isso, aqui fica uma novidade por cada dia em falta para com vocês, pessoas bonitas:

1. Acabei de ler o "Guerra e Paz"!!!! Fogo, já andava a arrastar aquele calhamaço atrás há que séculos e confesso que tive grandes momentos de desânimo quando me brindavam com mimos do género: "ah e tal eu também já tentei ler mas acabei por me fartar..." Pois deixem-me que vos diga que está todo lidinho. T-O-D-O. A partir do momento em que a rapaziada se começou a apaixonar em plena guerra aquilo ganhou assim um ar de "E tudo o vento levou", eu entusiasmei-me e vai de arrear à grande nas 1000 e tal páginas do Sr. Tolstoi.

 2. A Páscoa - parte 1: comi chocolates que nem uma besta. No domingo de Pácoa deitei-me com uma dor de barriga monstra e cheguei a temer ter um alien alojado dentro de mim, tal era a movimentação abdominal.

3. A Páscoa - parte 2: sou crente. Para mim a Páscoa é um motivo de alegria enorme porque valida a minha crença de que a Vida é Eterna e ainda por cima é uma nova vida que já começou... E é sempre bom ter mais uma festa para festejar ressurreições, renascimentos, renovações e afins. Cá para mim é uma espécie de 2º Ano Novo, pronto.

4. Descobri o Forrest Gump que há em mim e já corro 10 km de seguida!

5. Perdi 3kg! Não, o ponto 2 não deitou por terra os efeitos do ponto 4.

6. Estou a ler o "Siddhartha", do Hermann Hesse. Tema da descoberta do Eu e da Felicidade, e passa-se na Índia. Não tenho que vos dizer mais nada, pois não?

7. Apanhei uma pessoa a quem ainda tenho vindo a tentar dar algum crédito a mentir: é horrível ver uma pessoa mentir-nos, ainda que numa questão sem importância, com a boca toda (sim, eu sei: se estivesse a mentir só com meia boca é muito provável que tivesse tido uma trombose). Foi uma situação um bocado "suja", mas necessária. Estou esclarecido.

8. A minha Diretora continua a ser a mulher-mais-porreira-e-fantástica-à-face-da-terra e deu-me uma melhoria considerável nas condições remuneratórias da empresa (está habituar-me mal, é o que é: afinal, ainda só lá estou há menos de 1 ano).

9.  Após horas e horas a sonhar em frente ao computador e ao Lonely Planet, lá consegui concluir o roteiro para N. Iorque: opá, eu esmerei-me tanto, mas tanto! Até posso nem fazer metade do que planeei, mas já me diverti à brava com isto: há viagens assim, que começam muito antes do avião levantar vôo.

10. Estou farto de pessoas que se queixam. Que se queixam de o trabalho não as motivar, que se queixam de relações casuais sem conseguirem empenhar-se numa relação a sério, que se queixam da família, que se queixam da falta de amigos. Em suma, estou farto de pessoas que se limitam a olhar para as circunstâncias em vez de olharem para o seu potencial para lutar contra elas.

11. Contaram-me uma anedota que mete incesto. Eu sei, é uma cena meio doente, mas adoro anedotas com incesto ao barulho: são tão ordinárias!

12. Um dos meus melhores amigos organizou uma mega jantarada com prova vinhos e se aquilo foi para lá de bom! Adoro pessoas assim, que sabem apreciar as coisas boas de andarmos por este mundo. Sim, que a vida é demasiado curta para se beber mau vinho.

13. E o ponto mais alto deste post: A MIÚDA!!! Epá, descobri isto há umas 3 semanas e não oiço outra coisa desde a primeira vez que a ouvi na rádio (sim, que guinei logo o carro para a Fnac mais próxima e fui comprar o CD!)... aquela irreverência, a ternura, as teclas, a voz, a energia, a música do género "ó-que-coisa-mais-linda-para-ouvir-no-verão-a-caminho-da-praia-com-os-vidros-abertos-e-o-rádio-aos-altos-berros", e mais um par de botas. Só vos digo uma coisa: se este blog fosse uma série, esta seria a banda sonora do genérico!



terça-feira, 3 de abril de 2012

A Esperança é a última a morrer. As baratas também.

Ontem vieram contar-me que uma das administrativas teve uma avaliação pouco satisfatória e que o Director que a avaliou fundamentou esse resultado explicando que ela causa muitas quezílias e que as pessoas se queixam de que ela é pouco colaboradora no trabalho. Diz que a cachopa não ficou nada contente.

Eu nem opinaria, não fosse o facto de ela ser, de entre todas as secretárias, a que me assiste mais directamente. Por isso estou em condições de dizer que o que o Director lhe disse é a mais pura das verdades (ok, se fosse eu a falar com ela ainda acrescentaria um "ah, e consta que és uma intriguista de primeira apanha").

Ao almoço, quando se falava do desgosto da miúda, eu expliquei que acho que isto até pode ser uma coisa boa para ela. Mesmo. É que eu duvido que quando uma pessoa nos disseca ponto por ponto características e comportamentos que nos impedem de ser melhores, nós não repensemos a nossa forma de ser e de estar. A mim já mo fizeram, e que remédio tive eu se não engolir em seco e alterar a minha postura (ok, passei uma semana a bradar aos céus a ousadia do que me tinham apontado, mas a verdade é que acabei por reconhecer a verdade das críticas e lá arregacei mangas para mudar). É uma espécie de dor de parto: custa mas leva ao nascimento de uma nova pessoa.

E qual seria a maravilha de estar vivo se não pudéssemos mudar e melhorar ao longo da vida?

Os meus colegas não concordam comigo. Acham que ela vai continuar a besta do costume.